Evolução do pensamento geográfico (século XIX e XX)
Abaixo segue um resumo dos pensamentos geográficos (ou evolução) ao longo dos dois ultimos séculos
A ESCOLA ALEMÃ: A
ideologia alemã desenvolveu formas de pensamentos (consciência) e relações de
dominação.
Positivista:
A geografia como ciência empírica naturalista pautada na
observação de campo (aspecto visível). Dentro desta concepção o cientista foi
um mero observador.
Determinista:
O homem é influenciado pelo meio que determina suas ações.
Alexander Von
Humboldt 1769-1859
O quadro natural influenciando o homem. Analisou o universo
interno. Utilizou um prinncipio da causa e efeito (casualidade) para mostrar a
relação que existe entre uma coisa e outra. Viajou muito pelo mundo.
Karl Ritter 1779-1859
Reduziu as viagens a Europa, aplicação dos conhecimentos
geográficos em caráter local. Introdução do croqui / desenhava o que estava
vendo. Relação entre o homem e o meio natural.
Friedrich Ratzel
1844-1904
Envolvido com as ciências naturais sendo influenciado por
Darwin. Fez estudos voltados a ideia da evolução, da competição, sobrevivência
do mais forte / naturalista. Para que uma sociedade prevaleça sobre outra é
necessária a luta a favor da obtenção de espaço melhor que o outro; esse povo
seria superior a teria direito a ocupar maiores espaços.
Na relação de adaptação do homem meio/ambiente as condições
naturais atuariam na fisiologia e psicologia dos indivíduos e assim na
sociedade.
A ESCOLA FRANCESA
Possibilismo –
interação homem com o meio em função do seu conhecimento, depende da força de
cada um.
Geografia Tradicional
Regionalista – descrição da paisagem e de todas as características do meio
ambiente sem tratar das contradições sociais e regionais.
Vidal de La Blache:
principio da conecção ou interação do
homem com o meio ambiente. Fez grande uso da cartografia.
Transformação e crise
da Escola Francesa – marcada pelas consequências da Segunda Guerra Mundial,
a crise da Geografia Tradicional vai de 1945 aos anos 50.
A Segunda Guerra Mundial desencadeou a crise na geografia
por suas próprias exigências, pois a ciência geográfica tinha apenas o caráter
descritivo, quando o geografo teria de
dar uma contribuição imediata, ou seja, cooperar para o crescimento e reconstrução
da Europa que estava devastada pela guerra que provocou a destruição de sua
economia. Tornou-se imprescindível o planejamento. Anteriormente as ideias de
Vidal de La Blache fundamentava-se na contribuição de paz, com um grande tempo
para análise e observação.
Com o Pós 2ª Guerra Mundial a geografia tinha de ser muito
mais eficiente, com resultados mais rápidos, para a recuperação das cidades, da
economia e dos lugares e neste contexto a geografia tradicional não poderia
contribuir de acordo com as novas exigências da realidade mundial.
NOVA GEOGRAFIA
1949 – Congresso em
Lisboa: é videnciado o despreparo dos geógrafos para o mundo atual, pós 2ª Guerra
Mundial.
1952 – É
elaborado um relatório e com base neste surgiu a Geografia Aplicada, que voltou-se para o âmbito urbano e regional. A geografia aplicada precisava ser
bastante eficiente. Deste modo, priorizou-se a quantificação, método rápido para
dar respostas às questões concretas rumo a teorização. A Nova Geografia não se
faz do empirismos.
1955 – Preocupada
em gerar com mudanças a Geografia cria modelos quantitativos embasados na teorização:
- Teoria Geral dos Sistemas – interdependência das partes;
- Métodos Matemáticos e Estatísticos.
Ambos integrados deram origem a geografia aplicada que
produziu a interferência no território, através do planejamento.
A associação de uma ciência, em particular a Geografia é
fundamentada, construída e baseada em valores reais e racionais, em que o real tem caráter indutivo é o racional
caráter dedutivo / subjetivo.
GEOGRAFIA CRITICA
A geografia critica
ou radical – Marxista – também nomeada de ativa caracterizou-se pela:
- Oposição a Geografia Aplicada;
- Analise das contradições sociais e regionais;
- Formação de cidadãos conscientes;
- Discute as contradições do modo de produção capitalista.
Objetivo: Estabelecer uma sociedade mais equitativa e sem miséria
visando o bem comum.
GEOGRAFIA ATUAL
O que trabalha?
- A nova ordem mundial (relações assimétricas norte-sul);
- Globalização;
- Revolução técnico cientifica;
- Formação de blocos regionais;
- Competição econômica e tecnológica.
CONCEITOS BASICOS
Região: é uma continuidade e contiguidade (vizinhança), ou
seja, as ações definem o seu contorno. A região geográfica tem que ter
continuidade espacial e devem ter base física. Um modelo criado dentro das
necessidades de um determinado grupo. A região geográfica abrange uma paisagem
e sua extensão territorial, onde se entrelaçam de modo harmonioso os
componentes humanos e naturais. Região e paisagem são conceitos equivalentes ou
associados.
Região Natural: é entendida como uma parte da superfície da
Terra dimensionada segundo escalas territoriais diversificadas, e
caracterizadas pela uniformidade resultante da combinação ou integração em áreas
dos elementos da natureza: o clima, a vegetação, o relevo, a geologia e outros
adicionais que diferenciariam ainda mais cada uma destas partes.
Território: fundamentalmente definido e delimitado a partir
de relações de poder. A palavra território normalmente evoca o “território nacional”
e faz pensar no Estado gestor por excelência do território nacional.
Territórios existem e são construídos (e descontruídos) nas
mais diversas escalas, da mais acanhada, por exemplo, uma rua, à internacional,
uma área formada pelo conjunto dos territórios dos países membros da Organização
do Tratado do Atlântico Norte – OTAN, territórios sãos construídos e descontruídos
dentro das escalas temporais diferentes: séculos, décadas, anos, meses ou dias,
territórios podem ter um caráter permanente, mas também podem ter uma existência
periódica, cíclica. O território é uma parte controlada pela ação do poder, vem
da ciência politica.
Paisagem: segundo Pierre George, 1975, é o sistema geográfico
formado pela influencia dos processos naturais e das atividades antrópicas e
configurado na escala da percepção humana.
Porcão de espaço da superfície terrestre apreendida
visualmente. Parte da superfície terrestre que em sua imagem e na ação conjunta
dos fenômenos que a constituem. EMBRATUR
Muito bom e esclarecedor.
ResponderExcluirMuito bom mesmo
ResponderExcluirparabéns me ajudou muito .
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