Geografia da Energia e Indústria
Geografia da energia
- recursos energéticos
- fatores políticos
- recursos tecnológicos
- legado-histórico
- transporte e distribuição
- mercados
- mão-de-obra
Isso tudo vinculado a EFICIÊNCIA
Energia = desenvolvimento = poder ligado diretamente a:
- onde produzir
- onde consumir
- de que forma
Desenvolvimento econômico = controle e utilização de energia
Consumo de energia = padrão de domínio ou subordinação econômica.
Os países centrais: melhor padrão de vida da população; elevada renda per capita; elevado consumo de energia no país.
País periférico: transnacionalização do processo reflete no consumo de energia, indiferentemente da qualidade de vida.
A energia envolve:
- extração
- produção
- armazenamento
- transporte
- distribuição
- Disponibilidade técnica e financeira
- Eficiência = gera competitividade
- Interdependência
- Natureza do ambiente físico
- Em geral os recursos energéticos estão geograficamente distintos de seus mercados. As diferenças de áreas de produção e consumo implicam em transferência de energia das fontes para os mercados.
Aula dia 18/02/02
No cenário global existem países produtores (que transferem o excedente de energia) e países consumidores (que importam essa energia para suprir suas necessidades), essas relações de comércio geram grande interdependência e destacam a importância da circulação (fluxos e redes) e dos mercados.
Em geral, quanto mais desenvolvido o páis, maior seu consumo energético, mas há diversos estágio de desenvolvimento e de consumo de energia, inclusive com reflexões das empresas transnacionais.
Existe uma heterogeneidade na distribuição e na disponibilidade de recursos naturais, econômicos, e tecnológicos, agravando os desequilíbrios regionais e favorecendo os detentores do poder de decisão.
Quem tem o poder de decisão promove:
- onde produzir?
- qual energia produzir?
- qual mercado atender?
Os EUA é um grande produtor, mas é muit mais consumidor, e quanto maior é diversificada a rede, mais dinâmica será esse processo.
Conclusão: Nos países centrais há elevada qualidade de vida, auto consumo de energia, aumento da produção e produtividade, visando maior crescimento econômico com reflexos sociais e preocupações ambientais.
Nos países periféricos, o consumo de energia é menor ou vinculado à dominação transnacional, ampliando a dependência e a desigualdade no contexto global e local.
Fatores que interferem na geografia da energia
Reservas Energéticas:
- tipo de recursos
- localiações das reservas
- dimensão das reservas
Transportes e distribuição:
- meios de transporte
- redes
- capacidade
Recursos = Eficiência
Tecnológicos
Recursos Econômicos = capital = fixo, e de giro
Manners: "O Estado controla, estimula (ou restringe*), protege e participa**
* por razões econômicas ou estratégicas, estabelece políticas energéticas
** concessões para explorar reservas
O Estado tem pleno controle das ações das empresas.
A tecnologia e espacial, restrita a alguns países. Um dos principais entraves ao progresso econômico dos países não desenvolvidos é a falta de técnicos especializados para implementarem seus planos de desenvolvimento, inclusive energéticos.
Aula 28/02/02
Que tipo de energia deverá ser utilizado?
Mercados:
-
Uso;
- Tamanho;
- Localização;
- Estabilidade;
- Diversificação;
- Potencialidade (perspectivas econômicas ou estratégicas de expansão)
Energia: o
controle da situação energética tem a ver
-
Do processo político e interesses estratégicos (entre as nações e dentro delas), uma questão de segurança nacional;
- Das possibilidades tecnológicas (eficiência, dependência)
- Disponibilidade financeira (eficiência, dependência)
- Interesses sociais (em geral estratégicos)
Relação de Interdependência = estratégia de relações
Nações Importadoras
- Priorizam o acesso aos recursos de energia;
- A segurança e garantia de abastecimento externo e autossuficiência
Nações Exportadoras:
- Priorizam o acesso aos mercados e a segurança da demanda
Quando o consumo de energia comercial per capita aumenta
para valores acima de 2 TEP (ou mais), como é o caso dos países desenvolvidos,
as condições sociais melhoram consideravelmente.
União Europeia: 3,22
Média mundial: 1,66 TEP/capita
Brasil: 1,3 TEP posição razoável
TEP: tonelada equivalente de petróleo
Energia é um
ingrediente necessário para o desenvolvimento.
Na grande maioria dos países, nos quais o consumo de energia
comercial per capita está abaixo de uma tonelada equivalente de petróleo (TEP)
por ano, as taxas de analfabetismos,
mortalidade infantil e fertilidade são altas, enquanto a expectativa de
vida é baixa.
A energia no Brasil não é necessária para o aquecimento do
ambiente no inverno por ser um país tropical na grande maioria do seu território,
ao contrario dos países de clima temperados que usam grande volume de energia
para o aquecimento no inverno.
No Brasil a hidroeletricidade é a principal fonte de
energia, correspondendo a 37% (dados levantados na época da aula em 2002) da
oferta total de energia.
No caso do petróleo, dois fatores explicam a redução no seu
uso de 39% em 1980 para 31 em 1995: o aumento no preço internacional e o
desenvolvimento das jazidas petrolíferas na Bacia de Campos.
O carvão desempenha papel secundário no setor energético brasileiro.
O consumo do gás era desprezível até a década de 80, quando
suas reservas mais do que duplicaram. A indústria é o principal consumidor
deste produto; em nível de residência ainda é pequeno, mas tem crescido
consideravelmente, em comparação com os últimos anos. E o consumo tende a
aumentar nas próximas décadas.
Setor industrial: é o maior consumidor de energia (mais de 40%
do total).
Os transportes: mais de 20%.
Setor residencial: 16% em 1995. Em 1980 era 20%, diminuiu
devido a introdução de eletrodomésticos mais eficientes.
Aula 07/03/02
Mercado consumidor é aquele que realmente tem poder de
compra.
O Brasil continua dependente de combustíveis fósseis.
Os perfis de consumo de energia entre OCDE e o Brasil são bem
diferentes. Os combustíveis fósseis representam 81% do consumo na OCDE, no
Brasil são 42%.
Os recursos energéticos no Brasil são baseados em matrizes
de fontes renováveis.
78,5% da energia produzida no Brasil é interna; 21,5% é
importado (principalmente o petróleo e o carvão)
A energia hidrelétrica é renovável, mas os impactos
ambientais e sociais de construção das usinas podem ser substanciais.
O gás natural é uma fonte de energia não renovável, mas tem
várias vantagens sobre o uso de outros carburantes como o carvão e os derivados
do Petróleo, por serem livres de impurezas de enxofre e demais componentes químicos
que poluem a atmosfera.
A energia de biomassa representa uma importante contribuição
ao consumo de energia no Brasil.
Em 1998, a lenha ainda constituía 9% do consumo, enquanto
produtos da cana-de-açúcar (bagaço e álcool, 10%).
Pequenas centrais termoelétricas utilizando lenha e resíduos
vegetais, óleos vegetais como substituto de óleo diesel.
Entre as fontes alternativas, a energia eólica está se
mostrando bastante competitiva. As oportunidades de utilização de forma
eficiente a geração eólica dependem da existência
de um regime de ventos adequado, o que apenas ocorre em partes do Brasil.
Quem detém capita e tecnologia, obtém energia, domina a eficiência
econômica e conquista mercados.
Conclusão
"Para uma análise geográfica é necessário ter uma visão sistêmica, promovendo interrelações dinâmicas entre os centros industriais que se articulam, visando a acumulação capitalista de produção.
O sistema de capital mundial estabelece extremas contradições entre o Estado transnacionalizado e a realidade brasileira.
É necessária crirar condições para o aumento da produtividade, através da modernização e adequação do setor produtivo, gerando melhores condições de qualidade e preço e maior competitivade de nossos produtos no mercado global."
Conclusão
"Para uma análise geográfica é necessário ter uma visão sistêmica, promovendo interrelações dinâmicas entre os centros industriais que se articulam, visando a acumulação capitalista de produção.
O sistema de capital mundial estabelece extremas contradições entre o Estado transnacionalizado e a realidade brasileira.
É necessária crirar condições para o aumento da produtividade, através da modernização e adequação do setor produtivo, gerando melhores condições de qualidade e preço e maior competitivade de nossos produtos no mercado global."
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