domingo, 29 de abril de 2012

O mundo da alta tecnologia





Após a 2ª Guerra Mundial: a economia começou a passar por profundas transformações. Elas caracterizam a Terceira Revolução Industrial.


 RTC é a integração física entre ciência e produção baseada na alta tecnologia em diversas áreas.

Estudando o passado para compreender o HOJE.

Revolução Industrial: foi a mudança de uma economia agrária, baseada no trabalho manual, para uma economia dominada pela indústria mecanizada. Caracteriza-se por:

  • Uso de novas fontes de energia.
  • Invenção de máquinas que aumentam a produção.
  • Desenvolvimento do transporte e comunicação.
  • Objetivo: usar a tecnologia para produzir produtos com preços acessíveis e em grandes quantidades.


1ª Rev. Industrial (1760-1860)

  • Energia a vapor usada na extração de minério, industrial têxtil e fabricação de uma grande variedade de bens que, antes, eram feitos a mão.
  • Navio a vapor substituiu a escuna e a locomotiva a vapor substituiu vagões puxados a cavalo.
  • Funcionamento do primeiro instrumento universal de comunicação, o telégrafo.



2ª Rev. Industrial (1860-1900)

  • A industrialização em diversos países: França, Alemanha, Itália, Bélgica, Estados Unidos e Japão.
  • Eletricidade e a química foram as grandes inovações = novos tipos de motores.
  • Novos produtos químicos e a substituição do ferro pelo aço.
  • Grandes empresas.
  • Telégrafo sem fio e o rádio.

3ª Rev. Industrial ou Revolução Técno-científica (1970 até hoje)


Abrange diversos países do mundo, não apenas os europeus, ou os EUA e Japão.
Fundamentada na emergência de novas formas de tecnologia em diversas áreas, tais como, a microeletrônica, automatização, transmissão de informações, robótica, cibernética. Modernos computadores e softwares, modernos sistemas de telecomunicações, química fina de alta tecnologia, e a biotecnologia.

  • Informática: produz computadores e softwares.
  • Robótica: produção de robôs para uso industrial, pesquisa e até na área de segurança.
  • Cibernética: é a ciência da comunicação e do controle, seja nos seres vivos, ou seja nas máquinas.
  • Telecomunicações: proporciona as transmissões de rádio, televisão, telefonia fixa e móvel e a Internet.
  • Indústria aeroespacial: fabricação de satélites artificiais e aviões.
  • Biotecnologia: animais e plantas manipulados geneticamente, produção de medicamentos.

4ª Rev. Industrial


O mundo caminha na direção da Quarta Revolução Industrial que está voltada para as ciências da vida, sob a égide da biotecnologia em associação com outras áreas das ciências exatas e ao ramo do conhecimento que atende pelo nome de nanociência ou nanotecnologia.

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O texto abaixo é uma fonte muito importante que ajuda na compreensão das novas formas de tecnologia inseridas na humanidade no decorrer dos dois últimos séculos.

O texto foi produzido pelo Luis Milanesi estando com algumas adaptações.



O trem

A descoberta do vapor como força propulsora, considerada o inicio da Revolução Industrial, que resultou em máquinas como o trem, iniciou-se na Inglaterra e, depois, nos Estados Unidos nas primeiras décadas do século XIX, a partir de 1804; o primeiro trem com passageiros circulou em 1825, ultrapassando as possibilidades da tração animal, que prevaleceu por milhares de anos.
Desenvolveu-se, assim, toda a comercialização: transportavam-se passageiros, produtos agrícolas, manufaturas e um dos produtos mais significativos foram os impressos, notadamente os jornais.
A malha ferroviária não só acelerou a velocidade das relações econômicas, mas impôs uma nova dinâmica na circulação de bens culturais e a disseminação do conhecimento. Nas cidades interioranas a estacão era a plataforma receptiva dos produtos da cidade grande, incluindo os jornais.
Os poucos leitores eram propagadores de noticias para a maioria analfabeta.
Nas cidades interioranas, esperava-se o trem para ter noticias do mundo. As ferrovias do final do século XIX às primeiras décadas do século XX foram as alavancas que aceleraram a produção e o consumo, impondo uma velocidade muito maior. A possibilidade do transporte de grandes volumes a custos reduzidos em tempos menores criou novas perspectivas no campo econômico, além da disseminação maior e mais rápida das informações impressas, como jornais, revistas e livros.
Portanto, os meios de transporte estavam aptos a incrementar e disseminar as informações.

O rádio

A eletricidade marcou um segundo momento da Revolução Industrial. A sua expressão mais visível foi a luz elétrica. A partir de 1870, inicialmente nos Estados Unidos, pela primeira vez, deixou de ser necessário produzir combustão para se obter claridade. Paralelamente às ferrovias e à eletricidade foi descoberto um meio de comunicação à distância: o telégrafo. Usado com códigos, estava restrito a profissionais que os dominavam. Ainda, dentro de um segundo momento da Revolução Industrial, um outra descoberta provocou mudanças sociais fortes: o rádio. As primeiras comunicações foram experimentadas em 1901.
Além do seu caráter revolucionário e transformador de costumes e valores, o rádio em pouco tempo tornou-se barato, permitindo a milhões de famílias tê-lo em casa para informações e diversão.
Aí dentro deste período histórico, apareceu novo elemento que tornou a distribuição de jornais, livros e revistas mais ágil: o automóvel. O trem nasceu como transporte coletivo e o automóvel foi o resultado do uso da tecnologia para resolver um problema:a locomoção pessoal.

A televisão

A televisão deu imagens aos sons que já eram captados. Passou a funcionar regularmente a partir dos anos 30 do século XX, mas foi a partir da década de 50, que ela suplantou o rádio em audiência.
Em 1950, foi realizada a primeira transmissão comercial no Brasil. O rádio levava a fala e os sons da capital para todas as cidades; a televisão potencializou, pela imagem. Aproximou mundo díspares, estabeleceu uma troca, forneceu modelos urbanos, flexibilizou padrões morais e de comportamento e introduziu novos produtos de consumo por meio da criação do desejo da posse.
O rádio e a televisão permitiram elevar o grau de homogenização cultural pela sua capacidade de eliminar do publico a autonomia para escolher.
Nos países menos desenvolvidos, toda a sofisticação tecnológica impôs-se com o seu conteúdo sobre uma população analfabeta ou semiletrada. Nas sociedades mais cultas, a televisão plasmou-se à sua cultura; nas sociedades de baixo padrão educacional, a sociedade foi plasmada.
A televisão alimenta de informação de tal forma que não há necessidade de outras fontes.
A televisão é hoje a fonte de informação mais utilizada pela sociedade.

Fonte: Milanesi, Luís. BIBLIOTECA. São Paulo: Ateliê, 2009.

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