quinta-feira, 7 de março de 2013

O mercantilismo e a América


Uma forma de compreender a conjuntura do continente americano desde o seu processo de colonização até os dias atuais é importante fazer um link com a história que envolve o Mercantilismo, suas características, forma de atuação e consequências sobre as sociedades americanas.

Compreendo que a percepção geográfica perpassa por várias ramificações das ciências, sejam elas humanas, exatas ou naturais; e uma dessa, considero a questão histórica. Sempre vale ressaltar que geografia e história são matérias irmãs, uma depende da outra para uma análise mais consistente tanto das ações humanas quanto naturais sobre o mundo onde vivemos e nos ralcionamos, seja em pequena ou grande escala.

Partindo dessa ideia, segue algumas anotações que fiz na época que cursava a faculdade, neste caso a disciplina geografia da América em fevereiro de 2002 (08/02/02). Na minha umilde opinião acho que ajuda a entender melhor o processo de colonização da América bem como sua realidade nos dias atuais.

Não veremos somente o lucro que o projeto gerou ao explorar as colônias americanas, mas também oportunidade de realização dos sonhos e fantasias dos europeus, transplantando a cultura européia para o outro lado do oceano.

O mercantilismo não é apenas o resultado de práticas político-econômicas; é tambem um produto do imaginário europeu e das necessidades individuais e coletivas.

Ao tocarmos na questão Mercantilismo, devemos analisar a centralização política do Estado, o crescimento da burguesia, a conquista e colonização da América e o nascimento da sociedade moderna.

A criação do Mercantilismo

Quando falamos de marcantilismo, fazemos suja ligação com o absolutismo e com o período histórico compreendido entre os séculos XVI e XVIII.

Na realidade, o termo mercantilismo surge apenas no final do século XIX.

Os europeus ocidentais do século XVI ao XVIII não conheciam a politica econômica de seu tempo com o nome de mercantilismo.

Foi a partir dos séculos XVIII e XIX que os economistas passaram a criticar o modelo econômico anterior que denominavam de mercantil ou mercante.

O termo mercantilismo quase que universalmente aceito, vai surgir na Alemanha perto do final do século XIX. Nesse período a Alemanha vivia o dilema de sua unificação política, ou seja, o seu surgimento como Estado-Nação unificado. Os políticos e economistas alemães viam nas experiências da época mercantil uma prática favorável à unificação e à centralização política. Para designar o conjunto daquelas experiências, criaram o termo Mercantilismo.

Mercantilismo é o conjunto de ideias, seguido de uma prática política e econômica desenvolvida pelos Estados europeus na  Época Moderna, mais especificamente, dos séculos XV ao XIII.

Variava de Estado para Estado, mantendo sempre o princípio de acumular metais preciosos e utilizar o Estado como meio centralizador. Portanto, temos em mente que o Estado fornecia as condições para a acumulação desses metais.

Com o Mercantilismo, os Estados intervêm diretamente na economia, procurando assegurar o crescimento político e econômico e fortalecer as classes ou grupos ligados ao Estado.

Dessa forma, o Mercantilismo age diretamente para a centralização do poder em torno do rei, em troca das regulamentações e benefícios econômicos garantidos à burguesia comercial.

A Centralização do Poder

 A Época Moderna se caracteriza. entre outras coisas, pela transição do feudalismo para o capitalismo e começa a tomar corpo a partir do século XVI à medida que a centralização do Estado se torna uma constante, em opisição à descentralização feudal.

Começa um fenômeno de aproximação entre o rei, figura que durante a Idade Média possuía uma grande limitação de ação por depender de nobreza feudal, e a burguesia comercial. Essa burguesia das cidades pode financial a organização de Estados centralizados, como a Espanha e Portugal.

O rei, gradativamente, passa a ser detentor do poder do Estado. Financiando essa sua posição, a burguesia acaba tirando proveito da centralização política.

Esse processo de concentração do poder e de seus mecanismos de regulamentação nas mãos do rei, é importantíssimo para a formação dos Estados nacionais e recebe o nome de Absolutismo.

Absolutismo e Mercantilismo são dois parceiros que andarão juntos durante a Idade Moderna.

Veja o quadro abaixo


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